terça-feira, 24 de setembro de 2013


A vida é muito ingrata. A vida dói. E só nos apercebemos disso quando encontramos o nosso coração mutado, frágil, descomposto. Quando nos vemos cabisbaixos, ajoelhados na procura de infinitos cacos que outrora guardaram emoções e sonhos. Que outrora fizeram brilhar o olhar e levaram a acreditar em doces palavras e ilusões. A vida perde o sentido quando deixamos de sonhar. Porque deixar de sonhar é como deixar de viver.

Rita f.

domingo, 28 de outubro de 2012

Simplesmente há pessoas com muita lata. Têm lata para dar e vender. Não sei como é que ainda não a vendem, tão interesseiras que são? Deve ser por já ser algo tão comum e banal entre as pessoas. Juro que não compreendo como é que conseguem ser assim. Têm inteligência tal que nem conseguem perceber que afugentam as boas pessoas? Será que não sabem que já não enganam ninguém (ou quase ninguém) escondidas nos seus sorrisinhos amarelos e na sua boa disposição duvidosa? Secalhar sou eu que vejo mal nisso tudo. Têm o condão de se armarem em espertas, meterem-se na vida dos outros, e depois somos nós que temos que sorrir amargamente e suster a respiração para que não saia nada desagradável a seu respeito. Às vezes tem que sair. São um autêntico zero em valores e ideais, para além da aparência não contêm nada mais, pavoneando por aí o seu (pouco) conteúdo, à espera que alguém caia na ratoeira. 
Mas respeito isso, aliás, nada tenho a ver, desde que respeitem também o meu espaço. Peace and love!

domingo, 2 de setembro de 2012


A felicidade brinda-nos com momentos indescritíveis, efémeros, únicos. Só eu sei o vazio que agora sinto e que não consigo explicar. O teu perfume ainda paira no ar e ainda sinto o calor desse sorriso, como se ainda estivesses aqui. Custa que o tempo avance e passe tão rápido por nós, e torne quase invisível o seu trajecto, como se os dias durassem meros segundos e os segundos voassem, sem rumo. Cada gesto teu, cada simples entrelaçar das mãos, cada abraço, levam consigo histórias e emoções, singulares e irrepetíveis. Preenches-me tanto. Fica para sempre.


Rita f.

sábado, 25 de agosto de 2012



São tantas as vezes que me pergunto: porque é que a vida tem que ser tão complicada? Nós é que só sabemos complicar as coisas ou elas são mesmo destinadas assim? Porque é que quem ama tem que sofrer, tem que duvidar, tem que pensar? Não podia ser tudo mais simples? Porquê tanta complexidade para nos entendermos com os outros? Porquê tantos pontos de vista diferentes, tantas ideias opostas? Tem mesmo que ser assim? 
É díficil entender o rumo que a nossa vida leva. Porque esta leva-nos por tantos rumos diferentes que às vezes só nos consegue deixar completamente baralhados. Sem saber se estamos a agir correctamente ou a fazer tudo mal. Infelizmente (ou felizmente) não existe uma espécie de livro de instruções para conseguirmos compreendê-la, não errar, não sofrer nem fazer sofrer os outros. Tem mesmo que ser assim, temos que nos adaptar. Cair vezes e vezes sem conta, cegos pelas nossas ideias, feridos pelos nossos erros e pelos erros dos outros. Porque a vida é assim. Nunca vamos conseguir compreendê-la e nunca vamos conseguir resposta às nossas inúmeras interrogações. 
É preciso viver, sem questionar. Porque quem questiona demasiado nunca conseguirá alcançar a felicidade. É preciso sentir, guiarmo-nos pelos nossos instintos, como se corrêssemos descalços numa relva verde e suave, sem destino definido.
E é preciso amar, perdoar, cuidar, respeitar. Deixarmos de andar com rodeios, iludidos pela falsidade de muitos.


Rita f.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Fatalidade


E o tempo vai passando, esgueirando-se discretamente por entre as nossas mãos. E nós, sem ligar aos inúmeros tic-tac que já se foram, ocupados com os afazeres da vida. Tão depressa se consome uma hora, uma semana, um dia. E, por todos os esforços que façamos, ou por muito que queiramos, ele não pára, continua a correr incessantemente como a água que flui nos rios. E nem sempre nos lembramos que cada segundo que voa é inapagável, não volta atrás nem é passível de mudança. 
As folhas caem, a estação muda, mudam as modas e as metas. Os transeuntes afogam-se num ciclo vicioso e rotineiro e percorrem as ruas como se de algo estivessem a fugir, oferecendo empurrões aqui e acolá a quem ousa meter-se no seu caminho. É logo essa correria matinal que os deixa sem fôlego, sem um pingo de energia para fazer seja o que for, por muita vontade que anteriormente houvesse. A nossa impotência é tal face a essa situação, que tentar fazer as coisas à nossa maneira seria quase um capricho, limitando-nos então a seguir o caminho em modo corrida, albarroados pela multidão.

Rita f.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Sempre


São tantas as vezes que essa rebelião de ideias e questões assola os meus pensamentos. Às vezes o problema é pensar de mais, remoer de mais, mastigar incessantemente cada pormenor. Será que estarás sempre aqui, como agora? Ou um dia olharei para trás e não verei nada senão a minha própria sombra? Tentarei agarrar a tua mão, mas ela será inalcançável, tão longínqua e tão fria, que não me restará senão um grito sufocante e mudo de desespero? Tanta gente prometeu o sempre, que iria estar sempre presente, nem que o mundo virasse do avesso. E de muitos desses "sempre" e desses "prometo" restam apenas as palavras bonitas, ditas em vão. Secalhar algumas fotos rasgadas e, de certeza, muitos corações partidos. A vida dá tantas voltas, conhece tantos caminhos, tantos rumos diferentes. E muitos deixam-se ficar para trás, deslumbrados com a imensidão de tentações que a vida oferece. No fundo... iludidos. E mais tarde, desiludidos.

Rita f.

E faltam...


...5 dias! Para voltar à mesma rotina, aos horários, à tão desejada correria diária. Ai! Os empurrões para cá e para lá, as filas de trânsito que parecem intermináveis, os saltos que teimam em ficar presos na calçada. Enfim, também faz parte, mas não me importava nada de continuar no belo do meu sofá, com meias quentinhas, no dolce far niente. Tão bom!

Rita f.

Sorry

Oh! Blogue'zinho abandonado, não acredito que te tratei tão mal. 5 meses sem te falar, não é coisa que se faça. Prometo que agora vou estar aqui sempre (será?). Sim, i promise. Também me fazes falta.


Rita f.

domingo, 4 de setembro de 2011


Não compreendo. Ando com uma carência exagerada de abraços, beijinhos e companhia limitada. E não entendo o porquê; secalhar nem há 'porquês', eu é que invento sempre a necessidade de uma explicação. Preciso porque sim, porque me faz falta.
Oh! E nem tenho em falta, não é nada do qual me possa queixar, há para 'dar e vender'. Mas quero, mais e mais.

Rita f.


sábado, 18 de dezembro de 2010

De volta


Depois de um período bastante agitado, cá estou eu para retomar a minha escrita. Fez-me realmente falta, sentia-me bastante vazia sem utilizar este meu espacinho, este refúgio à confusão do dia-a-dia. Mas sim, agora voltei. E, por enquanto, voltei para ficar.

Rita f.

domingo, 31 de outubro de 2010


Porquê? Porque é que me sinto tão fria, fraca, e as minhas lágrimas caem incessantemente, como as gotas de chuva lá fora? Porque é que às vezes afirmamos 'hoje não é o meu dia'? Há dias em que simplesmente saímos da cama e achamos que tudo nos vai correr bem. No entanto, há outros que nos fazem sentir dentro de um poço fundo e escuro, e para sair de lá é preciso que venha outro dia, para nos agarrar, puxar pela mão e tirar-nos lá de dentro.

Este tempo deprime-me.
Rita f.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Sopro de luz


São memórias que ninguém apaga. Podem tentar pegar em corrector, darem voltas e voltas e fazerem esvoaçar tinta por cada canto, que cada letra que foi desenhada neste pequeno livro da vida não passará a ter a cor branca, nem tão pouco desaparecerá. Podem até riscar, vezes e vezes sem conta, as minhas palavras, que o seu sentido nunca deixará de ser o mesmo que é.

E são tantas as saudades, que às vezes os meus olhos apercebem-se de algo que não estava ali antes. Esse algo aparece bem de mansinho, embacia os olhos, tropeça nas pestanas e rola nas faces, escorrendo devagar até que venha um lenço de papel fofinho e suave tentar libertar-me das minhas angústias.
Cada alma neste mundo desempenha um papel único, e ninguém é substituído por ninguém. Simplesmente nada na vida funciona assim. Pelo menos para mim.

Avó! Onde quer que estejas, eu estou contigo.
Rita f.

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