Ver como o tempo passa,
como as memórias vêm e vão,
como as horas nos escapam por entre os dedos,
agarrando a solidão.
Ver como a noite cai,
como leva consigo o que vem e vai,
num abraço mudo que nos corta o ar,
rodopio profundo d'uma onda do mar.
A rapidez da passagem, a fluidez da transição.
Tu, que escondes o teu mundo e não tens noção.
Guardando a cor da vida numa bolha de sabão.
Abraças-me, então?
O que não é agora,
será recordação (...)
Rita f.