Corro descalça, sem direcção. Procuro um pedaço de mundo, um grão de areia que me pertença, algo que guarde, que não possa perder.
As ondas vêm, vão, vêm, vão (...) O vento deixa marcas na areia, rigorosa, meticulosamente feitas, levemente, no chão. A água apaga as pegadas que outrora alguém marcou, a identidade que, sem saber, alguém ali deixou, que o mar levou. Não sei quem sou, não sei de onde vim, nem saberei para onde vou.
Sigo a música que rebenta nas ondas, a melodia de sal que me guia, a brisa que me aquece, me envolve, que devolve a noite ao dia. Tiro os pés do chão; a voz da chuva molha o cabelo que esvoaça, apaga o caminho, destino que me abraça.
Caminharei enquanto houver por onde andar; sonharei enquanto não perder a vontade de sonhar. Estarei onde estou, ficarei onde ficar (...)
(...) Saberás onde me procurar.
Rita f.
3 comentários:
Adorei este texto...esta mto profundo e sincero.
A tua maneira de escrever e mxm mto especial!
Parabens kerida...
P.S - Obrigada pelo teu comentario no meu blog...Sera smp uma grande amiga!!! =D
"Não sei quem sou(...)" - Não digas isso maninha
"Caminharei enquanto houver por onde andar(...)" - Haverá sempre onde poderás caminhar"
Adoro-te Maninha :)
Houve um plágio deste post neste blog - http://everythingswillbefine.blogspot.com/
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