segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Procura


Corro descalça, sem direcção. Procuro um pedaço de mundo, um grão de areia que me pertença, algo que guarde, que não possa perder.

As ondas vêm, vão, vêm, vão (...) O vento deixa marcas na areia, rigorosa, meticulosamente feitas, levemente, no chão. A água apaga as pegadas que outrora alguém marcou, a identidade que, sem saber, alguém ali deixou, que o mar levou. Não sei quem sou, não sei de onde vim, nem saberei para onde vou.

Sigo a música que rebenta nas ondas, a melodia de sal que me guia, a brisa que me aquece, me envolve, que devolve a noite ao dia. Tiro os pés do chão; a voz da chuva molha o cabelo que esvoaça, apaga o caminho, destino que me abraça.

Caminharei enquanto houver por onde andar; sonharei enquanto não perder a vontade de sonhar. Estarei onde estou, ficarei onde ficar (...)


(...) Saberás onde me procurar.
Rita f.

3 comentários:

Bells disse...

Adorei este texto...esta mto profundo e sincero.
A tua maneira de escrever e mxm mto especial!
Parabens kerida...

P.S - Obrigada pelo teu comentario no meu blog...Sera smp uma grande amiga!!! =D

Golden Statue disse...

"Não sei quem sou(...)" - Não digas isso maninha

"Caminharei enquanto houver por onde andar(...)" - Haverá sempre onde poderás caminhar"

Adoro-te Maninha :)

Anónimo disse...

Houve um plágio deste post neste blog - http://everythingswillbefine.blogspot.com/

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