domingo, 31 de outubro de 2010


Porquê? Porque é que me sinto tão fria, fraca, e as minhas lágrimas caem incessantemente, como as gotas de chuva lá fora? Porque é que às vezes afirmamos 'hoje não é o meu dia'? Há dias em que simplesmente saímos da cama e achamos que tudo nos vai correr bem. No entanto, há outros que nos fazem sentir dentro de um poço fundo e escuro, e para sair de lá é preciso que venha outro dia, para nos agarrar, puxar pela mão e tirar-nos lá de dentro.

Este tempo deprime-me.
Rita f.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Sopro de luz


São memórias que ninguém apaga. Podem tentar pegar em corrector, darem voltas e voltas e fazerem esvoaçar tinta por cada canto, que cada letra que foi desenhada neste pequeno livro da vida não passará a ter a cor branca, nem tão pouco desaparecerá. Podem até riscar, vezes e vezes sem conta, as minhas palavras, que o seu sentido nunca deixará de ser o mesmo que é.

E são tantas as saudades, que às vezes os meus olhos apercebem-se de algo que não estava ali antes. Esse algo aparece bem de mansinho, embacia os olhos, tropeça nas pestanas e rola nas faces, escorrendo devagar até que venha um lenço de papel fofinho e suave tentar libertar-me das minhas angústias.
Cada alma neste mundo desempenha um papel único, e ninguém é substituído por ninguém. Simplesmente nada na vida funciona assim. Pelo menos para mim.

Avó! Onde quer que estejas, eu estou contigo.
Rita f.

domingo, 3 de outubro de 2010

De novo

E assim começou mais um ano lectivo.

Mais tarde ou mais cedo tudo retoma o seu ciclo habitual. De certa forma, até me sinto bem assim, é bom sinal.

Material escolar novo, livros que parecem acabadinhos de fazer, milhares de folhas em branco e inúmeras fórmulas novas por aprender. Sempre me disseram que estes, sim, são os melhores anos da nossa vida; e que, por muito que torçamos o nariz quando pensamos em aulas, aulas e aulas, um dia vamos ter saudades. E eu sei que sim.
Olhamos para trás e vamos querer lembrar-nos de tudo: dos colegas, das amizades que se criaram nesses anos, de todas as dificuldades e metas estabelecidas, e até da matéria que dávamos e que nos deixava com os cabelos em pé.


Oh! O tempo passa-nos entre os dedos, corre tão rápido, e quando nos apercebemos realmente disso, muitas são as horas, os minutos, os segundos que já lá vão, e bem longe.

Rita f.
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